quinta-feira, janeiro 29, 2015

Este jogo

___ Eu prefiro assim:
antes eu confiar em você
do que você desconfiar de mim.

___ Mas, e se eu te trair?

___ Você nunca mais me vê de novo.

quinta-feira, janeiro 08, 2015

sexta-feira, janeiro 02, 2015

Just another date?

Nothing will long last
untill we face the test

All the adventures we've lived
so far can not count as belived

There are still some miles
to walk after cries and smiles

Then we will know for sure
what life we'll be able to endure

quinta-feira, janeiro 01, 2015

Ave indomada

Ave indomada,
que subitamente pousaste perto de mim
por onde andas agora?
alça um voo de regresso
acaba com esta espera
enquanto floresce meu jardim

Já não tenho gaiolas
há poleiros abertos
poleiros seletos
com fonte de água
e uma sombra refinada
na brisa vespertina

Não te quero presa
mas nem te quero pressa
quero o tempo que pouses
e que repouses junto a mim
velarei tem sono sereno
afugentarei teus pesadelos mortais

Ave indomada,
não te furtarei a liberdade
sequer contestarei tua verdade
ou dobrarei o teu querer
pois te ofertarei gratuidade
enquanto possas tuas asas bater

Paraíso, 14-12-14

Faina cardíaca

Vou recostar meu corpo dolente
de amores vazios
a ausências prenunciadas

Vou recostar minha carne trêmula
no frêmito desapaixonado
destas buscas banais

Vou recostar o dorso
combalido por carícias negadas
até que cessem estes espasmos

Vou recostar-me
mas tu, coração,
persistirás em tua faina

Acordado e latente
doído, deveras,
mas persistente

Paraíso, 14-12-14

"Leve na ilusão"*

Leve na ilusão
o amor prometido
os favores pedidos
a amizade oferecida

Leve na ilusão
os sonhos divididos
os planos discutidos
as promessas juradas

Leve na ilusão
os momentos vividos
as fotos tiradas
os passeios feitos

Leve na ilusão
a loucura contida
a lucidez descontrolada
a empatia fingida

Leve tudo o que puder
e nada traga de volta
sobretudo, não volte

Leve na ilusão
a ilusão
que me foi oferecida

Leve a ilusão
a leve contentação
da partida

Leve,
mas leve mesmo,
sem nada esquecer

Eu restarei leve,
iludido, é certo,
mas enlevecido

Paraíso, 14-12-14

* Expressão sugerida pela amiga e poeta Johanna Perrone

Mente descarada mente

Mente, descarada mente,
quando me trai
no julgar o que vejo

Mente, descarada mente,
quando me confunde
os sentidos do que leio

Mente, descarada mente,
quando me contenta
com falsos arrazoados

Mente, descarada mente,
quando me surpreende
com o que não havia visto

Mente, descarada mente,
quando me aprisiona
em falácias viçosas

Mente, descarada mente,
quando dissimulas
o amor que sinto

Mente, descarada mente,
mente descaradamente
mente descarada
mente

Paraíso, 14-12-14

Crônicas da solidão

Correu atrás de tantos prazeres,
mas findou o dia sozinho

Compartilhou abraços,
trocou beijos,
encontros agradáveis,
boa conversa e nada mais,
e acabou a noite sozinho

Buscou amores de perto,
mas só o consolo distante
regalou-lhe opções,
este anoitecer, uma vez mais só

Tentou, ainda, preencher o vazio noturno
com conversas eletrônicas,
mas não houve ninguém disposto
restou-lhe mitigar-se nas crônicas da solidão

Lembrou-se que tinha amigos verdadeiros,
mas não ousou perturbar-lhes na indiscrição
engoliu, como pode, e só, a própria solidão

Não que isso lhe fosse estranho,
mais bem, cercar-se de pessoas sim o seria
é que por um curto arroubo de sentido
uma fugaz chama de vontade
impeliu-o a encontrar alguém.

Mas não o conseguirá,
sem antes encontrar a si mesmo.

Onde foi parar
o espelho de sua história?

Paraíso, 15-11-14

Cada guerra

Cada guerra consigo enterra uma lógica de funcionamento Com a arma mais potente vem a verdade mais forte Cada morte é uma moeda com dois lad...