sexta-feira, agosto 26, 2016

Anonimato sim, privacidade não?

É possível garantir o direito à liberdade de comunicação e a segurança pública sem antes resolver o desequilíbrio entre privacidade e anonimato? 

O bloqueio de um aplicativo de comunicação pode ser comparado à prisão de um criminoso. Perder a liberdade de se comunicar se equipara a perder a liberdade de ir e vir. Mesmo que temporariamente, o bloqueio e a prisão são formas de controle e expurgo de que o Estado ainda se utiliza para resguardar a sociedade de bem comum. Mas numa sociedade que banaliza a privacidade e prioriza o anonimato, o bem comum segue perdendo para o bem individual. 

O Estado, então, somos cada um de nós. Somos todos Luís XIV. E só o provedor continua sendo o mais privado e anônimo de todos os cidadãos.

São José dos Campos, 16-08-16

De formação de palavras

Esses dias, na sala de aula, quase joguei fora meu fiel dicionário.

Na aula de português, passando pelos processos de formação de palavras, o exercício pedia para formar outras a partir de uma lista de palavras dadas.

Uma dupla se esbarrou na palavra jovem, seguida de uma multidão de outros mais.

Apareceram então enjuvecer, enjuvenil, enjovial, enjovar, enjo..., enjuve..., enjover, enjuveir, enjuvear, enjoar (risos), enjovear, enjoverecer, enjoverencerar, enjovenear, ah meu Deus!

Nessa hora achei que deveria queimar meu dicionário, já que ele não trazia aqueles verbetes todos.

E assim foi que a tarefa seguiu por gato: felinear, gatar, engatecer, engatar, agatar e por aí afora. Ainda houve tempo para enclarear, ensurdar, asurdar e encarpetecer!!!

Que queimar meu dicionário que nada! Como dizia Heidegger, que a libertação da linguagem é tarefa do pensar e da poesia, é melhor poetar!


São José dos Campos, 16-08-16

Malfadada Mafalda

Esses dias tenho visto as desventuras da Mafalda na novela das seis.

Há dias que a menina moça de família anda agoniada querendo conhecer o tal do cegonho.

Já tentou de muitas maneiras, mas na hora “H”, ninguém revela à moça os segredos do marido da cegonha.

Nem mesmo sua fiel conselheira, Tia Eponina, quis contar-lhe as peripécias do pássaro nupcial.

Malfadada Mafalda! Nada de conhecer o cegonho antes do casamento!

Hoje em dia, as meninas da mesma idade não tem a mesma curiosidade, de uma pureza quase original.


Pois hoje, que cegonho que nada! A dúvida é conhecer o melhor anticoncepcional.

São José dos Campos, 16-08-16

Cada guerra

Cada guerra consigo enterra uma lógica de funcionamento Com a arma mais potente vem a verdade mais forte Cada morte é uma moeda com dois lad...