Há para o escritor
um intermitente desassossego
as coisas pululam à sua frente
as palavras furacaneiam-no por dentro
Escrever é inevitável
é imperioso
um combate injusto
quanto mais o tempo avança
Sua vazão escrita
não depende dos metros cúbicos de palavras
ele não conta o quanto escreve
escreve o quanto escuta
E quando escreve poesia
se satisfaz com o domínio das palavras
mas anseia, pobre Demiurgo,
a dominar as imagens de seus sonhos
Este poema
é o que lhe falta
um intermitente desassossego
as coisas pululam à sua frente
as palavras furacaneiam-no por dentro
Escrever é inevitável
é imperioso
um combate injusto
quanto mais o tempo avança
Sua vazão escrita
não depende dos metros cúbicos de palavras
ele não conta o quanto escreve
escreve o quanto escuta
E quando escreve poesia
se satisfaz com o domínio das palavras
mas anseia, pobre Demiurgo,
a dominar as imagens de seus sonhos
Este poema
é o que lhe falta