Se
considerarmos que estamos sempre em processo de mudanças e transformações, como
responder à questão: a quem eu amo quando amo a alguém?
No
início de muitos relacionamentos, a paixão é uma marca registrada e explícita
em muitos casais. E, conforme a fase vivida por ambos, a paixão se manifesta em
graus diferenciados. Os mais jovens podem ser mais explosivos e dinâmicos, amor
à flor da pele. Os mais maduros, talvez pelas experiências já vividas,
manifestam um amor mais comedido e cauteloso, mas é indubitável reconhecê-los
quando apaixonados.
Com
o passar do tempo, as pessoas amadurecem, ou naturalmente ou forçosamente, por
causa das experiências vividas a dois. A paixão se transforma em amor e o amor
se transforma em oblação, entrega total. Assim percebemos que nós também
mudamos. Amadurecemos enquanto indivíduos, amadurecemos nossa forma de amar. A
partir da primeira manhã de núpcias, vamos descobrindo uma novidade a mais em
nossa cara metade. E, depois de uma vida a dois, podemos descobrir que a pessoa
por quem nos apaixonamos não é exatamente a pessoa a quem amamos.
É
aí que podemos descobrir que, na realidade, não amamos a alguém, mas à surpresa
que esta pessoa pode nos oferecer a cada dia.
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