Esses
dias, na sala de aula, quase joguei fora meu fiel dicionário.
Na
aula de português, passando pelos processos de formação de palavras, o
exercício pedia para formar outras a partir de uma lista de palavras dadas.
Uma
dupla se esbarrou na palavra jovem, seguida de uma multidão de outros mais.
Apareceram
então enjuvecer, enjuvenil, enjovial, enjovar, enjo..., enjuve..., enjover,
enjuveir, enjuvear, enjoar (risos), enjovear, enjoverecer, enjoverencerar,
enjovenear, ah meu Deus!
Nessa
hora achei que deveria queimar meu dicionário, já que ele não trazia aqueles
verbetes todos.
E
assim foi que a tarefa seguiu por gato: felinear, gatar, engatecer, engatar,
agatar e por aí afora. Ainda houve tempo para enclarear, ensurdar, asurdar e encarpetecer!!!
Que
queimar meu dicionário que nada! Como dizia Heidegger, que a libertação da
linguagem é tarefa do pensar e da poesia, é melhor poetar!
São José dos Campos, 16-08-16
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