A notícia parecia ser
positiva:
os bancos vão prorrogar
cobranças por sessenta dias.
Inicialmente, o gesto se
mostrava solidariedade,
não fossem as condições
claramente estabelecidas.
Após esse período de retomada
de fôlego,
os correntistas pagariam tudo
com juros.
É lógico. É matemático. É
econômico. É viral.
É o banco nos ajudando, sem
perder vantagens.
Se agora as pessoas deixaram
de ganhar,
imagino que em dois meses vão
faturar com juros.
Como um vírus, ele se instala
em nossa renda
e, sozinho, ele vai se
multiplicando.
Tenho medo que o vírus
aprenda com eles
essa economia mágica de
oferecer favores
e ser o único beneficiado.
São José dos Campos, 30 de
março de 2020
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