terça-feira, fevereiro 17, 2015

Desencontro marcado

Tinha uma chuva no meio do caminho.
No meio do caminho tinha uma chuva.

Nunca saberei a emoção daquele encontro.
Não saberei se haveria confusão ou contentamento em teu olhar.

Deixaste para trás a possibilidade de uma prosa.
Nunca saberei se por medo ou por saciedade.

Já havia andado mais do que todo o caminho.
Um passo só e nos teríamos presenciado.

Nunca saberei se a tenacidade de tuas palavras
se ajustam à sinceridade de teus olhos.

Pois, se outro encontro haverá,
não mais uma chuva será motivo de desistência.

Tua imagem arredia e tua ausência prenunciada
povoam as ideias que agora faço de ti.

Volto a meu canto.
Caminho sozinho.

Dissimulo tua imagem
entre fantasias e esquecimento.

Tinha uma chuva.
Ela lavou o caminho.

Maria da Fé, 16-02-15

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