quarta-feira, agosto 22, 2012

Amar é surpreender-se


           Se considerarmos que estamos sempre em processo de mudanças e transformações, como responder à questão: a quem eu amo quando amo a alguém?
            No início de muitos relacionamentos, a paixão é uma marca registrada e explícita em muitos casais. E, conforme a fase vivida por ambos, a paixão se manifesta em graus diferenciados. Os mais jovens podem ser mais explosivos e dinâmicos, amor à flor da pele. Os mais maduros, talvez pelas experiências já vividas, manifestam um amor mais comedido e cauteloso, mas é indubitável reconhecê-los quando apaixonados.
            Com o passar do tempo, as pessoas amadurecem, ou naturalmente ou forçosamente, por causa das experiências vividas a dois. A paixão se transforma em amor e o amor se transforma em oblação, entrega total. Assim percebemos que nós também mudamos. Amadurecemos enquanto indivíduos, amadurecemos nossa forma de amar. A partir da primeira manhã de núpcias, vamos descobrindo uma novidade a mais em nossa cara metade. E, depois de uma vida a dois, podemos descobrir que a pessoa por quem nos apaixonamos não é exatamente a pessoa a quem amamos.
            É aí que podemos descobrir que, na realidade, não amamos a alguém, mas à surpresa que esta pessoa pode nos oferecer a cada dia.

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