quinta-feira, agosto 30, 2012

Um poema

Há para o escritor
um intermitente desassossego
as coisas pululam à sua frente
as palavras furacaneiam-no por dentro

Escrever é inevitável
é imperioso
um combate injusto
quanto mais o tempo avança

Sua vazão escrita
não depende dos metros cúbicos de palavras
ele não conta o quanto escreve
escreve o quanto escuta

E quando escreve poesia
se satisfaz com o domínio das palavras
mas anseia, pobre Demiurgo,
a dominar as imagens de seus sonhos

Este poema
é o que lhe falta

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