quinta-feira, janeiro 01, 2015

Ave indomada

Ave indomada,
que subitamente pousaste perto de mim
por onde andas agora?
alça um voo de regresso
acaba com esta espera
enquanto floresce meu jardim

Já não tenho gaiolas
há poleiros abertos
poleiros seletos
com fonte de água
e uma sombra refinada
na brisa vespertina

Não te quero presa
mas nem te quero pressa
quero o tempo que pouses
e que repouses junto a mim
velarei tem sono sereno
afugentarei teus pesadelos mortais

Ave indomada,
não te furtarei a liberdade
sequer contestarei tua verdade
ou dobrarei o teu querer
pois te ofertarei gratuidade
enquanto possas tuas asas bater

Paraíso, 14-12-14

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