quinta-feira, janeiro 01, 2015

Crônicas da solidão

Correu atrás de tantos prazeres,
mas findou o dia sozinho

Compartilhou abraços,
trocou beijos,
encontros agradáveis,
boa conversa e nada mais,
e acabou a noite sozinho

Buscou amores de perto,
mas só o consolo distante
regalou-lhe opções,
este anoitecer, uma vez mais só

Tentou, ainda, preencher o vazio noturno
com conversas eletrônicas,
mas não houve ninguém disposto
restou-lhe mitigar-se nas crônicas da solidão

Lembrou-se que tinha amigos verdadeiros,
mas não ousou perturbar-lhes na indiscrição
engoliu, como pode, e só, a própria solidão

Não que isso lhe fosse estranho,
mais bem, cercar-se de pessoas sim o seria
é que por um curto arroubo de sentido
uma fugaz chama de vontade
impeliu-o a encontrar alguém.

Mas não o conseguirá,
sem antes encontrar a si mesmo.

Onde foi parar
o espelho de sua história?

Paraíso, 15-11-14

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