segunda-feira, março 23, 2015

Amar, uma sina plural

Para nada de si mesmo
sabe o amor
as palavras o traem
os sentidos escorrem
como areias de um tempo sem rumo
nas planícies de corpos desnorteados

O amor brilha e fenece
renasce e perece
numa cadência audaciosa
                         dolente
                         doente
                         de ente

O amor aglutina desejos
e dissipa-se em medos do passado
assim mascara o futuro
oxidando sonhos pueris
                            maduros
                            senis

Para nada de si mesmo
sabe o amor
se se quer sozinho

Para nada de si mesmo
vive o amor
se não houver carinho

Carinho de um outro

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