terça-feira, abril 20, 2021

O logo Arte et Facto


 

Existir tem lá a sua medida

de arte e fazer

 

Já faz um tempo que havia pensado escrever sobre o logo Arte et Facto. Arte e fazer eram palavras dançando a música do pensamento meu na época que tive vontade de criar uma marca que pudesse acompanhar meu trabalho. O fazer arte e a conexão com a filosofia eram os critérios para delimitar o processo criativo no momento. Estava unindo gosto e formação acadêmica. E pra compensar um pouco mais o gosto, acabei escolhendo arte et facto em latim para descompor o termo artefato, sem me preocupar com definições etimológicas mais profundas. Tinha clareza que se tratava de dois modos de fazer, um de arte e outro o fazer propriamente dito.


Para a criação da imagem do logo, a escolha foi espelhar a letra phi minúscula do alfabeto grego, com a qual se escreve filosofia. A escolha do espelho foi motivada pela ideia do olhar que se debruça para ver o mundo. Olhar no espelho é deparar-se com o reflexo. Não é um si mesmo, mas já um outro inverso. Nosso olhar nos retorna um mundo que já passou por uma inversão. O reflexo converge, diverge, torce, distorce e contorce.


Para voltar arte et facto ao português, não sem uma inversão, fui encontrar o ablativo arte e, para facto, o dativo e o ablativo. Descompor artefato foi rápido. Lidar com a inversão não aconteceu do mesmo jeito. Optei pela versão “pela arte e pelo fato” assumindo a instrumentalidade do ablativo.

 

Estar no mundo e pensar o mundo,

pela arte e pelo fato. Um existir e um fazer.

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